31 / 10 / 2015 - 17h34
Avião com 224 a bordo cai no Egito e não há sobreviventes

Um avião da companhia áerea russa KogalimAvia, mais conhecida como Metrojet, caiu na madrugada deste sábado (31) na península do Sinai, no Egito, e deixou 224 mortos, segundo o governo egípcio. O voo saiu de uma cidade no litoral do Egito e seguia para São Petersburgo, na Rússia. Cerca de 150 corpos foram encontrados em um raio de 5km.

O Airbus A-321 transportava 217 passageiros, entre eles 138 mulheres, 62 homens e 17 crianças, além de 7 tripulantes. Segundo a Reuters, 214 eram russos e três ucranianos.  "Agora vejo uma cena trágica. Muitos mortos no chão e outros tantos ainda presos em suas poltronas", relatou uma autoridade egípcia. Segundo ele, o avião se dividiu em duas partes.

Uma primeira análise do local do acidente indicou que a queda pode ter sido causada por um falha técnica. O Estado Islâmico afirmou no Twitter que foi responsável pela queda do avião, segundo a France Presse. Segundo as agências de notícias internacionais, a caixa preta foi encontrada.

O Airbus A-321 transportava 217 passageiros, entre eles 18 crianças, e 7 tripulantes. Segundo a BBC, autoridades egípcias disseram que todos eram russos. "Agora vejo uma cena trágica. Muitos mortos no chão e outros tantos ainda presos em suas poltronas", relatou uma autoridade egípcia à Reuters. Segundo ele, o avião se dividiu em duas partes.

Uma fonte de segurança disse às agências de notícias internacionais que a caixa preta do avião foi encontrada. Ele afirmou ainda que um exame preliminar indica que não houve nenhuma operação terrorista e que a queda pode ter sido causada por um erro técnico.

O primeiro-ministro egípcio, Ismail Sharif, confirmou o acidente por meio de comunicado. O avião perdeu contato com os radares 23 minutos após a decolagem, quando sobrevoava a cidade de Larnaka, informou um porta-voz de Rosaviatsia, a agência de aviação civil da Rússia.

O avião caiu em uma área montanhosa no centro de Sinai e más condições atmosféricas dificultaram o acesso das equipes de resgate ao local, de acordo com a autoridade da segurança egípcia que havia acabado de chegar ao local contou à Reuters. Cerca de 50 ambulâncias foram enviadas para o local. Os corpos dos passageiros serão levados de avião para o Cairo, segundo a fonte.

Amostras de DNA serão coletadas dos parentes dos passageiros que estavam a bordo do avião, conforme informou o comitê de políticas sociais da Rússia.

Parentes dos passageiros estão se reunindo no balcão de informações da companhia aérea russa Kogalymavia no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, com a esperança de encontrar mais informações sobre o voo.

O Airbus A-321 tinha como destino o aeroporto Pulkovo da cidade russa de São Petersburgo. O voo 9268 transportava muitos turistas do resort egípcio de Sharm el-Sheikh.

O porta-voz da Rosaviatsia acrescentou que a aeronave não contatou o controle de tráfego aéreo do Chipre como estava agendado 23 minutos depois da decolagem e desapareceu do radar. As autoridades da aviação civil perderam contato com a aeronave quando o ela estava a 30.000 pés de altitude (9.144 m), segundo um funcionário da autoridade de controle do espaço aéreo do Egito.

Equipes de resgate russas no Egito

O presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas "profundas condolências" às famílias das vítimas e ordenou o envio de equipes de emergência russas para o local da queda, segundo a France Presse. Putin decretou luto nacional no domingo (1º).

O chefe de Estado "deu a ordem ao ministro das Situações de Emergência (...) Vladimir Putchov de enviar imediatamente, em acordo com as autoridades egípcias, aviões do ministério para trabalhar no local do acidente", indicou o Kremlin em um comunicado.

Segundo agência de notícias russa, o ministro da Defesa da Rússia convocou uma reunião de ermergência para discutir a queda do avião. No total, cinco aviões com especialistas em várias áreas estão a caminho do Egito.

O Comitê de Investigação da Rússia lançou um processo criminal contra a companhia aérea Kogalymavia. A agência de notícias RIA informou que o caso será investigado pelo artigo de regulação "violação das regras de voos e preparações".

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, informou na sua página no Facebook que a Embaixada russa no Egito deve acompanhar a situação do avião da companhia aérea russa.

Em seu perfil no Twitter, a Airbus, fabricante do A-321, informou que já tem conhecimento da situação e que está avaliando a situação. Segundo a empresa, mais informações serão fornecidas assim que estiverem disponíveis.

Último acidente aéreo no Egito

O último acidente aéreo no Egito foi em janeiro de 2004 e fez 148 mortos, incluindo 134 turistas franceses. Um Boeing 737 da empresa egípcia Flash Airlines caiu no Mar Vermelho, poucos minutos depois de decolar do aeroporto de Sharm el-Sheikh.

Desde o início em 2011 da revolta que derrubou Hosni Mubarak do poder, o turismo está fraco e as autoridades tentam relançar de todas as maneiras esse setor vital da economia egípcia.

Apesar da instabilidade política do país e os atentados jihadistas contra as forças de segurança no norte do Sinai, os resorts do Mar Vermelho, no sul da península, continuam sendo um dos principais destinos turísticos do país e muito frequentados por turistas russos e do leste europeu, que chegam diariamente a bordo de vários voos fretados.

Fonte: G1

 



18 de Abril de 2024 21h:27
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