05 / 06 / 2017 - 10h29
TSE inicia amanhã julgamento da chapa Dilma-Temer

O presidente Michel Temer vai ser submetido a uma nova prova de fogo a partir de amanhã, com a retomada do julgamento do processo que pede a cassação da chapa presidencial eleita em 2014. Os olhos da nação se voltam para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os adversários do presidente não têm dúvida quanto à sua condenação. Já os aliados se dividem quanto às suas chances de sobrevivência no julgamento da Justiça Eleitoral. O que é certo, mesmo, é que o TSE estará diante de um dos casos mais complexos de sua história.

A cassação da chapa foi pedida pelo PSDB, alegado abuso de poder econômico.  O julgamento foi interrompido no início de abril, após uma queixa dos advogados do PMDB e do PT em relação a um suposto cerceamento de defesa. O Ministério Público Eleitoral também pediu para colher os depoimentos dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, presos pela Lava-Jato.

Novo cenário

O julgamento será retomado em um cenário completamente diferente. O TSE, composto de sete membros, passou a contar com dois novos ministros, nomeados pelo presidente. Além disso, as respectivas defesas ressuscitaram a pressão para que o processo retomasse o escopo original — a campanha de 2014, desprezando delações que surgiram depois.

O complicador maior, porém, foi justamente a delação do grupo JBS, que levou o governo Temer ao chão.

Pedido de vistas

Tendo em vista que se trata de um processo complexo e grave, os especialistas e analistas apostam em um pedido de vistas. Alega-se, a propósito, que no TSE apenas o seu relator, ministro Hermann Benjamin, tem o pleno domínio do caso, o que justificaria o elastecimento do prazo para um exame mais aprofundado das acusações e das provas.

Nesse caso, o julgamento provavelmente só seria concluído no segundo semestre.

Em qualquer circunstância, porém – isto é, seja com a conclusão do julgamento agora ou seja com a sua nova suspensão –,  a situação do governo se torna particularmente dramática, o que não indica, no entanto, que venha a sucumbir.

Afinal, resistir às denúncias, pressões e bombardeios disparados desde a delação da JBS-Friboi não é para qualquer um. 

fonte: cidadeverde.com



24 de Abril de 2024 09h:09
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