Dezenas de jihadistas do Estado Islâmico foram detidos nas últimas horas pelas forças iraquianas quando tentavam escapar de Mossul misturados entre os civis.
"Dezenas de terroristas deixaram as armas e tentaram fugir infiltrados entre os deslocados", afirmou o comandante da Polícia Federal, Raide Shaker Yaudat, em comunicado. O número de presos não foi divulgado.
As forças iraquianas têm revistado pessoas que deixam a cidade, e a ONG Human Rights Watch denunciou há dois dias que os militares cometem "abusos e execuções" destas pessoas que fogem, com base nos testemunhos dos moradores.
Os extremistas tentaram se camuflar entre os civis que fugiam do centro antigo de Mossul, cidade que era o último reduto do grupo terrorista no Iraque, mas foi retomada recentemente pelas forças iraquianas após três anos.
'Califado' no Iraque e na Síria
A retomada de Mossul representa o fim da metade iraquiana do "califado". Foi na cidade que o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamou em 2014 o Estado Islâmico em parte do Iraque e da Síria, em um discurso na Grande Mesquita de Al-Nuri, na Cidade Velha.
O vídeo no qual Al-Baghdadi se declarou "califa" (líder de todos os muçulmanos) vestido com mantos clericais negros, do púlpito da mesquita de Al-Nuri, é sua última imagem pública. Antes de perder o controle sobre o centro antigo, os extremistas destruíram a mesquita.
Recentemente, a Rússia afirmou que um ataque aéreo do país pode ter matado al-Baghdadi no dia 28 de maio em Raqqa, cidade síria que é o principal reduto do grupo terrorista no país vizinho ao Iraque.