25 / 07 / 2017 - 09h47
Portinho assusta turistas no litoral do Piauí

Lagoa do Portinho, situada em Parnaíba, no litoral do Piauí, foi durante muito tempo um dos pontos turísticos mais visitados no estado. Atualmente o local está abandonado e totalmente destruído. Logo na estrada de acesso há degradação, o descaso do poder público e a ação criminosa do homem com a natureza. A via está totalmente interditada pelas dunas e motoristas são obrigados a usarem um desvio improvisado para chegar até a lagoa que está praticamente seca.

Segundo um estudo feito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), foi identificada na Fazenda Capoeira construções irregulares, como uma barragem de grande porte. Além disso, o levantamento diz que foi detectado que nos dias pesquisados não identificaram a passagem de água em direção à Lagoa do Portinho. Já em um lago dentro da fazenda citada chegava a cinco metros de profundidade.

O estudo mostrou ainda que o processo natural de abastecimento da lagoa, feito por rios e riachos, está sendo interrompido. Por conta disso, o Ministério Público do Piauí entrou com uma ação civil pública contra o governo do estado por lesão ao patrimônio público, meio ambiente, fauna e flora.

Alguns turistas insistem em visitar a lagoa, mas quando chegam e veem o local se surpreendem negativamente. “Me sinto triste quando vejo como está a lagoa atualmente. Antes era tudo lindo, ambiente mais animado, com muitos turistas. Agora do jeito que está é decepcionante”, disse a turista Laureana dos Santos.

O MP-PI determinou que o estado tome uma série de atitudes relacionadas ao local. A primeira é retirar qualquer obstáculo que impeça a passagem de água dos rios e riachos para a lagoa. Além disso, foi cobrado pelo órgão um plano de reestruturação, a revitalização da fauna e flora, a contenção de dunas e a reconstrução das margens da lagoa e de seus afluentes.

Com o problema, os restaurantes do local sofrem com a perda de clientes e alguns já fecharam seus estabelecimentos, é o que afirmou a comerciante Francisca Maria de Araújo. “O movimento caiu em 90%. Tivemos que fazer outro acesso para o Portinho, mas quem não vem da praia não passa por ele. Tem restaurante que não está nem mais abrindo. O pessoal da prefeitura vem, tira areia, mas não é o suficiente. Todos os anos isso acontece”, contou.

Fonte: G1 Pi

 



25 de Abril de 2024 14h:04
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