03 / 11 / 2017 - 11h34
Secretário confirma tumulto em presídio militar e nega que capitão tenha regalias

Um tumulto ocorreu no presídio militar onde o capitão Alisson Wattson (que confessou o assassinato na namorada Camilla Abreu) está preso. O irmão do suspeito, que é major da PM, teria ido para uma visita em horário não permitido e foi barrado. O secretário de Segurança Pública do Estado do Piauí, Fábio Abreu, reforça que os procedimentos seguem o rigor da lei e não há regalias. 

A ida do familiar ao presídio ocorreu após boatos de que o capitão teria cometido suicídio. Para tentar entrar no presídio, o irmão do capitão teria sacado a arma.

"As redes sociais têm se sobressaído para o lado do mal. Houve muita exposição de fotos da jovem, que não eram delas, e mesmo que fossem, não deveriam ser divulgadas. Espalharam também boatos de que o capitão havia se suicidado e a família foi ao presídio confirmar. Provavelmente, a forma como o major chegou ao presídio gerou um problema (tumulto). Oficiais superiores de serviço logo resolveram só não permitiram o acesso porque isso não é permitido por lei", explica o secretário. 

Fábio Abreu ressalta que o capitão Alisson está em prisão especial devido a condição de militar. Contudo, ele frisa que não há regalias. 

"Ele está em um presídio militar, mas está sob a Lei de Execuções Penais. O que é para um preso na Irmão Guido e na Casa de Custódia funciona para ele também, como horário de visitas, acesso de advogados...todos os procedimentos são iguais. Ele está em um presídio; não em uma sala de Estado maior. Todos os rigores estão sendo tomados dentro da lei". 

Fábio Abreu acredita que o capitão investigado será expulso da corporação e que deve responder por homicídio qualificado pelo feminicídio o que eleva a pena para até 30 anos de prisão. 

"Estamos agindo com rigor em relação a punição e ao enquadramento. Os procedimentos administrativos da PM foram iniciados. O conselho de justificação já está apurando o caso e acredito que vai ensejar na expulsão dele da corporação. A Polícia Civil também está agindo de forma independente, como diz a lei. Não há por parte da Secretaria de Segurança Pública benefícios, corporativismo e parcialidade. Trabalho de forma isenta, seja quem for", enfatiza Fábio Abreu. 

Fonte: cidadeverde.com

 

 



24 de Abril de 2024 08h:03
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