CAMPO MAIOR: Delegada fala sobre Aplicativo que denuncia violência contra mulher no Piauí
A delegada Eugênia Villa, participou na segunda-feira (18) do Programa Jornal Regional da radio Meio Norte de Campo Maior, para esclarecer como funciona o aplicativo que denuncia violência contra a mulher.
De acordo com a delegada o programa ajuda a identificar casos de violência contra a mulher e denunciá-los, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP/PI), e foi elaborado em parceria com Agência de Tecnologia da Informação, e recebeu o nome “Salve Maria”. A nova ferramenta que é mais uma plataforma de denúncias de violência contra a mulher disponibilizada pela polícia”, disse.
“Esse programa atende tanto mulheres em situação de violência, quanto pessoas que não compactuam e queiram ajudar denunciando os crimes”, explicou.
O aplicativo funciona como botão do pânico. “Com essa nova ferramenta, as mulheres ou pessoas próximas a ela (vizinhos, parentes) podem denunciar em tempo real qualquer tipo de violência. É preciso que as pessoas nos ajudem, pois os próximos são os que ouvem os gritos de socorro e sem medo de denunciar”, acrescentou.
Segundo ela, a demanda chega diretamente a Policia Militar e a Policia Civil, e os policiais poderão ir até o local da ocorrência a fim de verificar e proteger a vítima e as provas para um futuro inquérito policiais. “Outra vantagem é que, ao usar o aplicativo, o denunciante vai poder georreferenciar o local onde o crime ocorre. A violência vai ser detectada no momento do seu cometimento e vai gerar dados estatísticos para que a gente possa acompanhar e planejar políticas de prevenção ao dano contra mulher”, afirma.
A delegada alerta que em muitos casos de feminicidio, as vítimas nunca tinham ido à delegacia para fazer denúncia e que a maioria dos casos que chega à Central de Gênero é de ameaça de morte. “É importante dar esse instrumento para as pessoas que estão perto dessas mulheres e que estão vendo e ouvindo essas agressões possam denunciar. Muitas mulheres, sequer, chegam a ir ao plantão de gênero. É preciso fazer cessar essa violência”, pontua.
Eugênia ressalta que o aplicativo Salve Maria teve uma abrangência tão grande que foi transformado pelo governo em um programa que engloba diversas ações, Salve Maria deixou de ser só um aplicativo. “O nome Salve Maria é porque a maior parte das mulheres vitima tem prenome Maria”, finalizou.
Redação Portalfato