23 / 01 / 2020 - 12h19
Animais em extrema magreza e calazar são resgatados em abrigo clandestino

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) resgatou 23 animais, sendo 20 cães e três gatos, que estavam em um abrigo clandestino que funcionava em uma casa no bairro Três Andares, na zona Sul de Teresina. A maioria dos bichos estava em situação extrema de magreza e todos foram diagnosticados com  Leishmaniose. A estudante que abrigava os animais pode ser presa. 

A DPMA recebeu a denúncia por meio do Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, em dezembro de 2019. A titular da DPMA, delegda Edenilza Viana, disse que foram flagrados animais doentes, sem água e comida e em um ambiente totalmente insalubre. 

"Era um local totalmente insalubre, dava muita pena em ver cada animal com pelos caídos, unhas muito grandes e magros. A investigada já prestou depoimento e disse que era protetora, que pegava animais doentes na rua, levava para casa para cuidar, mas constatamos outra situação. Bichos sem comida, sem água, doentes, operados e um local totalmente sujo, não havia proteção nem para sol ou chuva", disse a delegada. Na casa foi flagrada ainda uma cabra mastite. 

A titular da DPMA também apura o recebimento de doações em dinheiro para o abrigo clandestino e alerta para o perigo que moradores e animais no bairro estão correndo pela presença de tantos animais com calazar.  

"Todos os animais resgatados estão com Leishmaniose. Fica o alerta para a população daquele bairro para averiguar os sintomas da doença. A zoonoses vai vistoriar a área, pulverizar para combater os vetores. Lembrando que os animais não são vilões, mas o mosquito e a população que não cuida dos bichos", explica a delegada. 

Inquérito policial foi instaurado pela DPMA e devido a complexidade do caso, a estudante deve ser indiciada pelo crime de maus-tratos. 

Os animais foram resgatados pela zoonoses sob supervisão de veterinários. 

 

Defesa alega que não há maus-tratos

Alexandre Lacerda, advogado da estudante, disse que a defesa entende que não houve crime de maus-tratos. 

"Não há maus-tratos, estelionato ou apropriação indébita por parte da cliente. Por mais chocante que sejam as imagens não podem ser analisadas sozinhas, mas comparativamente com a situação em que os animais chegaram. Esse abrigo trata animais em situação deplorável", argumenta o delegado. 

Ele disse ainda que o abrigo estava em processo de formalização e que orientou a estudante a melhorar a situação do local.

Fonte: cidadeverde.com

 



26 de Novembro de 2024 00h:39
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