Apenas atividades liberadas na semana passada (construção civil, serviços médicos e setor automobilístico) continuam aptas ao processo de retomada. Nesta segunda (15), era previsto novos setores liberados. Nova reunião é marcada para o dia 22 de junho.
O governador Wellington Dias (PT) afirmou nesta segunda-feira (15) que “não vai dar passos para frente” no processo de flexibilização das atividades econômicas do estado. Com a decisão, está suspensa a autorização de novos setores da economia no processo de retomada. Na próxima semana, uma nova reunião vai avaliar o cenário.
“Eram previstos novos passos [para a liberação], mas tomamos a decisão de não dar passos para trás, mas também dar passos para frente, não se fazer novas liberações”, afirmou Wellington Dias.
A decisão de não seguir o planejamento de retomada foi anunciada depois do aumento de número de casos de coronavírus no estado. No fim de semana, houve recorde no número de mortos. No sábado, 25 piauienses morreram vítima da Covid-19, o maior número em 24h.
Apenas as atividades liberadas na semana passada (construção civil, serviços médicos e setor automobilístico) estão autorizadas para a retomada, caso as empresas tenham apresentado protocolos de saúde, em obediência ao programa unificado do governo do estado. Nesta segunda-feira (15), era projetado novos setores liberados. Contudo, houve um recuo.
Segundo Wellington Dias, a definição de interromper a liberação de novos setores econômicos ocorreu devido aos seguintes critérios:
“Vamos manter o patamar das liberações aprovadas, não fazendo novas ampliações. Seguir os protocolos e fica agendado para o dia 22 de junho uma nova reunião, esperando melhorar os indicadores”, anunciou Wellington Dias.
“Se tivermos o regramento, de forma organizada, vamos evitar o colapso”, disse o governador. Não há data para que novas áreas econômicas sejam abertas.
Para Wellington Dias, a doença ainda está sob controle no estado, apesar do ritmo de crescimento. “Estamos tratando os protocolos de retomadas, que nos permite sair, com todo cuidado, e de forma mais rápida. Quero deixar uma mensagem de esperança, condição de saída com muita responsabilidade. Não é o governador que toma decisão, seguimos a ciência”.
Wellington Dias voltou a criticar também a decisão de prefeitos de cidades do Piauí de realizarem processos de retomadas próprios, ou seja, não seguem ao programa unificado do governo. Algumas cidades, casos de Picos e Floriano, já liberaram o comércio.
“Foi feito uma recomendação para que se siga obediência ao regramento porque, se não seguir, pode desmantelar o sistema. Significa ter uma quantidade de doença tão elevada que o sistema não suporta. Grande parte da mortalidade em outros lugares foi a dificuldade na capacidade de atendimento. Se estimava 18 mil pessoas morrendo, o que estamos fazendo é visível o resultado positivo, com a colaboração de todos”.
Atualmente, o Piauí chegou a 10.357 casos confirmados de coronavírus e 374 mortes por Covid-19, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).
Decretos determinam distanciamento social
Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas. Aulas em escolas e universidades, a maioria das atividades comerciais, esportivas e de serviços em geral estão suspensas por tempo indeterminado.
Serviços essenciais como farmácias, postos de combustíveis e supermercados continuam mantidos mas estão regulamentados. O atendimento em clínicas, hospitais e laboratórios, assim como o funcionamento de escritórios de advocacia e contábeis também foram liberados mediante cumprimento de regras.
O uso de máscaras em locais públicos tornou-se obrigatório em todo o estado. Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.
Prevenção, contágio e sintomas
Lavar as mãos de forma correta, uso de álcool em gel, sempre usar máscaras, evitar contato pessoal e aglomerações de pessoas são algumas das orientações para evitar o contágio da doença.
É importante também ficar atento quanto aos principais sintomas (tosse seca, congestão nasal, dores no corpo, diarreia, inflamação na garganta e, nos casos mais graves, febre acima de 37° C e dificuldade para respirar). Um guia ilustrado preparado pelo G1 ajuda a tirar dúvidas.
Fonte: G1