Teresina libera obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre
Na quarta etapa do processo de flexibilização o EPI deixa de ser obrigatório até mesmo em ambiente fechado.
A partir desta segunda-feira (14), é permitido andar sem máscara, ao ar livre, em Teresina. A medida é considerada histórica, pois o ex-prefeito Firmino Filho havia decretado o uso obrigatório de máscara, com medida inédita no Brasil, em 18 de abril de 2020.
O uso obrigatório, sem qualquer flexibilização, exceto para pessoas com deficiência e casos específicos, se manteve por quase dois anos. O dia 14 de março marca o início do fim um ciclo de cuidados emergenciais em prol da sobrevivência.
O relaxamento dos protocolos de biossegurança em relação ao novo coronavírus são uma realidade em todo o mundo. O Piauí, que mantém uma taxa de vacinação acima de 80% em duas doses e de 34,7% com dose de reforço. As crianças também estão sendo vacinadas para o retorno presencial seguro.
Dr.Pessoa, prefeito de Teresina, quer liberação da máscaras de forma segura
A segunda etapa da flexibilização das medidas sanitárias restritivas para a contenção da Covid-19, segundo o novo decreto N° 22.200 do dia 7 de março de 2022, assinado pelo atual prefeito Dr. Pessoa. A partir da segunda-feira, será revogada a obrigatoriedade do uso de máscaras durante as atividades ao ar livre, incluindo-se as recreativas e esportivas, com exceção àquelas que geram aglomerações, como shows, espetáculos, arquibancadas, etc.
Pessoa adota uma das flexibilizações mais prudentes do país
A obrigatoriedade do uso de máscara permanecerá em transportes públicos e veículos de pequeno porte destinados ao transporte de passageiros. A flexibilização foi feita de maneira prudente e seguindo o que revelam os indicadores científicos levantados pelo Comitê de Operações Emergenciais (COE) Municipal.
“Levamos em consideração olhar científico sobre a pandemia, O COE que tem pessoas preparadas e também o COE municipal que junto ao presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) nos transmite as informações necessárias para tomarmos as decisões”, disse o prefeito Dr. Pessoa.
O médico, neurologista, doutor em Virologia e membro do COE - Teresina, Marcelo Adriano, explica que a flexibilização do uso de máscaras se dá por meio de estudos baseados, especialmente, em critérios técnicos científicos realizados por instituições e agências de saúde pública mundial.
“A proposta de flexibilização apresentada pelo COE foi baseada especialmente em critérios técnicos científicos da Organização Mundial de Saúde e o Centro para Controle e Previsão de Doenças para os Estados Unidos (CDC), que recentemente publicou diretrizes para normatizar e programar a utilização de medidas de contenção não farmacológicas contra a Covid-19 de acordo com os níveis de transmissão da doença em uma determinada localidade”, esclareceu o profissional.
COE se reuniu e definiu metas de liberação do Equipamento de Proteção Individual (EPI)
O município de Teresina ainda dispõe de vários sinalizadores adicionais sensíveis para detectar qualquer mudança no cenário epidemiológico. Dentre esses indicadores está o monitoramento diário dos dados de caso de Covid-19, desde a sua fase inicial, até o desfecho final.
“A programação está sendo estudada diariamente junto aos dados coletados com informações sobre de números de atendimentos por síndromes gripais, os indicadores de internação e o indicador óbito. O próprio decreto inclusive, prevê que retroaja caso seja detectado alguma mudança no importante no cenário no epidemiológico da cidade", explica Marcelo Adriano.
O médico afirma que Teresina está na faixa verde, ou seja, faixa que indica baixa transmissão há algumas semanas. E que as medidas tomadas de flexibilização gradual demonstram a cautela em que a gestão está tendo para programar essas mudanças na rotina do teresinense.
Entenda cada passo da flexibilização
Primeria etapa
A primeira etapa começou dia 7 de março. Desde essa data, os eventos, shows, espetáculos e festas poderão ocorrer sem limitação de horários, respeitados o uso de máscaras, mesmo se realizados em ambientes abertos, e com público admitido de até 70% da capacidade do local e as demais exigências preconizadas pela vigilância sanitária municipal.
Segunda etapa
Liberado o uso de máscara ao ar livre a partir desta segunda-feira (14), com exceções descritas acima.
Terceira etapa
A terceira etapa começa dia 21 de março. A partir desta data, será realizado interstício para averiguação da permanência de Teresina na categoria de risco baixo (verde) por mais uma semana, a despeito das medidas de flexibilização implementadas nas etapas anteriores.
Quarta etapa
Na quarta etapa, que começa dia 28 de março, a obrigatoriedade do uso de máscara será revogada até mesmo em ambientes fechados, incluindo-se escolas e academias, respeitadas as demais exigências preconizadas pela vigilância sanitária municipal.
De acordo com o decreto, as recomendações do uso de máscara serão mantidas em indivíduos sob maior risco de desenvolver formas graves de COVID-19 (idosos, gestantes, puérperas, imunocomprometidos, transplantados e portadores de câncer, acidente vascular cerebral, doença renal crônica, doenças pulmonares crônicas, cardiopatia grave, hepatopatia crônica, diabetes mellitus não controlado e obesidade), bem como em indivíduos com indicação médica de manter o uso ou que, por decisão individual, prefira manter o uso.
Também será obrigatório o uso de máscaras nas pessoas com sintomas da doença, que teste positivo ou que teve contato com indivíduo com Covid-19. A vacinação em Teresina atinge níveis excelentes. Um total de 99,9% da população está vacinada com a primeira dose e 94% com a segunda dose. É um dos melhores índices entre as capitais do país.
Uma escolha individual
Muitas pessoas vão continuar usando a máscara e não há problema algum nisso. Além de prevenir contra a Covid-19, a máscara também protege as vias respiratórias de outras doenças, como gripes e resfriados.
O uso de álcool gel e a lavagem das mãos também são hábitos de higiene que devem ser mantidos, pois também são medidas profiláticas contra diarreias e gastroenterites.
FONTE: MeioNorte.Com