“A tragédia é tanta, quantas mães estão chorando agora”, afirmou Cláudia Maria, mãe da Ana Clara, que está no Hospital de Urgência de Teresina, após um ônibus escolar capotar nesta quinta-feira (14), enquanto transportava alunos para a comunidade Porteira Velha, na zona Rural de José de Freitas.
Segundo relato dos pais, o condutor dirigia em alta velocidade, e a população já havia feito reclamações a respeito. Após o acidente, o motorista saiu do local e se dirigiu até a delegacia de José de Freitas para se entregar. Até o momento não há informações sobre a dinâmica do acidente.
"Minha filha sempre chegou em casa reclamando desse motorista, mas a gente não podia fazer nada, porque a gente tinha que colocar nossos filhos na escola. Domingo, Eu fui em um evento com ela, e fizemos o mesmo percurso do ônibus e ela disse ‘Mãe, eu tenho tanto medo de morrer de acidente com esse motorista que ta na rota, por que quando o caminho era ruim ele já andava em alta velocidade, e em um caminho bom desse, ele vai terminar matando nós’”, relatou Cláudia Maria.
Nas imagens do acidente é possível ver que os pertences das crianças, como mochilas, chinelos e cadernos, estão espalhados pelo chão. De acordo com a mãe de Ana Clara, o acidente poderia ser maior se ocorresse pela parte da manhã, pois dentro do ônibus estariam crianças menores, de 5 a 7 anos.
“Criança que foi, criança que está mal, a minha também poderia estar morta, mas Deus a livrou. Ela está agora no HUT em Teresina. Mas estou na torcida e pedindo para algumas mães para se juntarem, para pedir providências. Se tivesse sido no turno da manhã, de crianças pequenas de 5 anos, o acidente teria sido maior. Eu lhe garanto que teria morrido todo mundo”, disse Cláudia Maria.
Uma das vítimas da fatalidade foi Erika Pereira da Costa, de 12 anos, que reside na comunidade de São Mateus, zona Rural da cidade. A estudante chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Outras 15 crianças, de 10 a 11 anos, ficaram feridas com o impacto do acidente e foram encaminhadas ao hospital. Toda a população do município lamenta o ocorrido.
“Foi uma tragédia que ninguém queria que acontecesse, mas aconteceu, então vamos só rezar e pedir a Deus que nos dê forças para a gente passar por essa turbulência toda, que não é fácil. A gente, que é mãe, você tá lá ralando pra colocar seu filho na escola, porque acha que é um lugar seguro e olha o que aconteceu. A tragédia é tanta, quantas mães estão chorando agora” expressou a mãe da Ana Clara, Cláudia Maria.
Fonte: meionorte.com