Uma Audiência Pública na Câmara de Campo Maior debateu o controle da taxa de natalidade da população de animais errantes (de rua) do município, nesta segunda-feira (23.10). Com início às 9h, participaram representantes de secretarias do executivo municipal, legislativo, sociedade civil e protetores de animais.

Dentre as pautas discutidas, frisou-se a necessidade de castração de cães e gatos em situação de rua e criação de um centro de zoonoses municipal, retirando esta atribuição da secretaria de Meio Ambiente.

Nívea Carvalho e Naide - representantes do @adotecm

“Não resta dúvida de que neste caso há uma desarticulação que começa no Estado e chega ao município, no que tange ao controle de natalidade de cães e gatos. A secretaria de Meio Ambiente não possui expertise para lidar com isso. Nós já temos atribuições de fiscalização e licenciamento ambiental. Ainda assim, nós recebemos muitas denúncias de maus tratos e abandono de animais. Nós recebemos muitas demandas não só da população, mas também do Ministério Público. Daí estamos acumulando atribuições que são específicas nossas com aquelas que não o são”, explica.

Nívea Maria Carvalho, do grupo de protetores @adotecm, destaca que o controle de animais errantes é uma questão de saúde pública e que, por tanto, deve pertencer a todos os cidadãos. “Não diz respeito somente ao bem-estar dos animais. Eles são sim seres de direito, pois existem leis que os protegem. Mas também é uma questão de saúde pública, pois eles podem transmitir doenças tanto para humanos quanto para animais. Eles podem causar inclusive acidentes. Se a gente conseguir que essas castrações sejam realizadas no município de forma acessível e gratuita, a gente vai diminuir essa população de animais errantes e também os abandonos. Todos sairiam ganhando”, pontua.

Jaqueline Quitéria, do setor de endemias da prefeitura, acredita que os protetores também devem ser prioridade nos programas de castração, visto que são pessoas que voluntariamente cuidam de animais errantes, o que acarreta muitos gastos individuais.

O secretário de Marco Bona ressalta ainda que já foi solicitada ao governo do estado a presença do Castra Móvel em Campo Maior, e que até o presente momento não foi atendida. Foi pedido à Câmara apoio a esta demanda junto ao executivo piauiense.

Secretário de Meio Ambiente Marco Bona