Uma família de Sigefredo Pacheco denuncia uma suposta negligência da Secretaria de Saúde Municipal. Uma mulher identificada como Jéssica Daiane Fernandes teve uma gravidez de risco e precisava ser transportada por uma ambulância para a capital. Ela, porém, não teria conseguido acesso ao veículo e a criança acabou morrendo após um parto prematuro.

De acordo com relato da própria mulher, ela deu entrada numa UBS às 19h do último sábado (11.11). Ela sentia muitas dores e contou a situação à diretora e à secretária de Saúde, Lúcia Bandeira, que se encontrava também no local.

“Eu contei que estava com dor e sangrando, e aí ela foi e cochichou com a diretora, a Cleandra. As duas entraram pra dentro, chamaram o motorista e aí foram me chamando pro carro. Eu pensei que ia na ambulância, mas não. Pediram pra eu entrar no carro da Saúde mesmo (um carro popular). Aí o motorista ficou rodando quase meia hora dentro da cidade. Quando saímos da cidade era mais de 7:30h (da noite). Chegando em Campo Maior o médico disse que eu tava em trabalho de parto prematuro”, conta Jéssica.

No Hospital Regional de Campo Maior foi solicitado à secretaria de Sigefredo que uma ambulância fosse disponibilizada para levar Jéssica à Teresina. “A assistente social ligou pra cá (Sigefredo) pedindo que eles mandassem a ambulância. Também me disseram que devia ter um enfermeiro comigo. Cleandra disse que a ambulância estava no interior, na zona rural. Meu esposo e uma filha dele foram lá verificar e a ambulância estava na garagem”, relata.

Ainda segundo Jéssica, em Campo Maior ela tomou medicações para tentar adiar o parto até que ela chegasse à Teresina. O bebê, contudo, acabou nascendo em Campo Maior e acabou vindo a óbito. “É muito grande a dor. É uma revolta muito grande, porque não é a primeira vez que chega gente dizendo que precisa de carro e elas dizem que não tem. Diz que tá quebrado, que não tá lá”, desabafa.

Com informações do Tribuna em Foco