Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (16). A paralisação foi decidida no último sábado (13), e os trabalhadores pedem recomposição de perdas salariais e melhores de trabalho.
Ao todo, são 19 mil servidores ativos no INSS, sendo 15 mil técnicos — responsáveis pela maioria dos serviços da instituição — e 4 mil analistas. Metade dos servidores ainda estão no trabalho remoto. A greve não atinge a perícia médica.
A paralisação foi aprovada em plenária nacional convocada pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), que já havia notificado o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços sobre a possibilidade de greve.
Uma nova rodada de negociação foi marcada para esta terça.
Atendimento Com a paralisação, os cidadãos podem utilizar plataforma Meu INSS e pela Central de Atendimento 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. Mais de 100 serviços, como requerimento, cumprimento de exigência e solicitação de auxílio-doença podem ser resolvidos por esses canais.
Já os processos de concessão de benefícios como aposentadoria, pensões, Benefício de Prestação Continuada (BPC), análise de recursos e revisões serão afetados pela mobilização.
Negociação
O documento da Fenasps diz que a negociação teve poucos avanços após análise das propostas apresentadas pelo governo que não fortalecem a carreira do Seguro Social e pioram com o alongamento da carreira de 17 para 20 níveis e pela criação de gratificação de atividade.
De acordo com a entidade, as perdas salariais da categoria superam os 53% no último período, por isso a Fenasps incluiu na pauta a recomposição das perdas, além da reestruturação das carreiras, cumprimento do acordo de greve de 2022, reconhecimento da carreira do Seguro Social como típica de Estado, nível superior para ingresso de Técnico do Seguro Social, incorporação de gratificações, jornada de trabalho de 30 horas para todos, revogação de normas que determinam o fim do teletrabalho, reestruturação dos serviços previdenciários, entre outros.
A proposta do MGI prevê ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para os servidores ativos e inativos e, segundo a pasta, esse ganho cobre as perdas do governo atual e parte de gestões anteriores.
A proposta também prevê manutenção da remuneração de ingresso do nível superior e nível intermediário com valorização do vencimento básico e criação de gratificação de atividade em substituição à Gratificação de Atividade Executiva (GAE ).
Fonte: cidadeverde.com