O dólar opera em alta nesta quarta-feira (11), após a forte alta de véspera que levou a moeda ao maior patamar desde 2004.
As compras dominam o mercado conforme investidores veem cada vez mais obstáculos aos ajustes da nova equipe econômica, em meio à leitura de que a presidente Dilma Rousseff tem ficado cada vez mais isolada e com menos apoio da base aliada.
Às 10h39, a moeda norte-americana subia 0,87% frente ao real, cotada a R$ 2,8612. Veja cotação.
Apesar da alta, o movimento do dólar está instável. A moeda chegou a bater R$ 2,87, mas também atingiu R$ 2,849, o ponto mais baixo do dia.
De acordo com a Reuters, as questões de governabilidade ganham corpo em meio à deterioração das expectativas econômicas, riscos de racionamento de água e energia, comunicação errática do Banco Central e chances de mudança no programa de oferta diária de 'hedge' cambial.
Na véspera, a moeda norte-americana subiu para R$ 2,8364, em alta de 2,12%. Este é o maior valor de fechamento desde 2004, quando, no dia 1º de novembro, a moeda fechou cotada a R$ 2,8590, segundo dados do Banco Central. Na máxima da sessão, a divisa alcançou R$ 2,8398, segundo a Reuters.
O dólar sobe 6,53% neste mês e avança 7,70% no ano. O real é a moeda de pior desempenho frente ao dólar em fevereiro, considerando as 34 divisas mais negociadas ante a americana. No mercado futuro, o dólar para março avançava 1,16%, a R$ 2,8790, após máxima de R$ 2,8800.
Programa cambial
O BC dá continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio nesta manhã, ofertando até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de fevereiro de 2016.
O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a US$ 10,438 bilhões, com oferta de até 13 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 42% do lote total.
Fonte: G1