21 / 05 / 2025 - 10h22
Vereadora Tatiana Medeiros passa mal e é levada ao HUT

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa desde abril, foi levada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) na manhã desta quarta-feira (21) após passar mal enquanto estava detida na Sala de Estado-Maior do Quartel do Comando-Geral da PM. 

Fontes ouvidas pelo MeioNews informaram que ela recebeu atendimento de uma viatura do corpo de bombeiros e foi encaminhada para o Hospital da Polícia Militar do Piauí (HPMPI). Depois disso, a vereadora foi levada ao HUT. Ainda não há informações oficiais sobre seu estado de saúde.

A vereadora, que está afastada do cargo por decisão da Justiça Eleitoral, é investigada por suspeita de envolvimento com facção criminosa, compra de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Ela foi denunciada no dia 13 de maio pela Procuradoria Regional Eleitoral no Piauí, no âmbito da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, da Polícia Federal.

TSE devolve pedido de habeas corpus

Também nesta quarta-feira, foi divulgado que o ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu não julgar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Tatiana. Em vez disso, o processo foi remetido de volta ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), que ainda não apreciou o mérito do pedido de liberdade.

De acordo com o ministro, o TSE só pode se manifestar sobre o caso após uma decisão definitiva da corte estadual. “Sem que o mérito tenha sido avaliado por um grupo de juízes do TRE-PI, o TSE não pode se posicionar”, afirmou.

A defesa da vereadora argumenta que não há justificativa para a manutenção da prisão preventiva, alegando ausência de risco às investigações ou à ordem pública. No entanto, o TRE-PI já apontou indícios de um esquema de corrupção eleitoral com uso de recursos públicos e possível ligação com facção criminosa, o que, segundo a corte, fundamenta a medida cautelar.

Celular e tablet foram encontrados na cela

Na terça-feira (20), Tatiana voltou ao centro das atenções após uma vistoria de rotina feita por policiais militares encontrar um celular e um tablet dentro da cela onde ela está detida. A Secretaria de Segurança Pública confirmou que os aparelhos estavam com a parlamentar, que teria afirmado ter recebido os itens de um de seus advogados.

A entrada de equipamentos eletrônicos em unidades prisionais é proibida por lei, salvo por ordem judicial. O promotor Assuero Stevenson, do Ministério Público Militar, solicitou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar se houve facilitação por parte de policiais. Caso seja comprovado o envolvimento de civis, como advogados, o caso será remetido à Justiça comum.

Tatiana Medeiros foi presa no início de abril, suspeita de ter sido eleita com apoio financeiro de uma facção criminosa, além do uso indevido de recursos oriundos de uma ONG investigada. As apurações começaram após o fim das eleições municipais de 2024.

Fonte:meionews.com



25 de Maio de 2025 07h:55
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