Fortaleza 2
River 1
Copa do Brasil - 1ª fase - jogo de volta
O River fez o famoso papel do time que "deu trabalho".
A marcação no primeiro tempo no Castelão, em Fortaleza (CE), foi quase impecável. Daquelas de se dizer "parece que tem mais gente de branco do que de azul". Apesar do lance mais perigoso ter sido uma cobrança de falta do Fortaleza, o River não deixou os donos da casa jogarem muito.
O problema do River não foi nem o isolamento de Eduardo no ataque. Foi essa bola chegar sem o artilheiro estar em condição de impedimento.
Para quem gosta de futebol, um primeiro tempo ruim de se ver. Para o torcedor do River, um ótimo resultado. O Galo cozinhou a partida, e um gol o colocaria em condições de avançar na Copa do Brasil. Mas esse gol, pela efetividade das jogadas tricolores, só viria de um lance excepcional.
Na etapa final, o Fortaleza mudou e tentou imprimir mais velocidade. Deu certo e o time conseguiu passar do meio do campo - o que na etapa inicial era algo complicado. Quanto mais perto da área, maior o perigo de gol. E em uma daquelas saídas da zaga do tipo "o importante é tirar a bola daí", a bola sobrou para Tinga, que encobriu o goleiro Naylson e fez um golaço: 1 a 0.
O panorama mudou pouco para o River. Vencer por 1 a 0 o levaria para uma decisão nos pênaltis. A segunda opção para se classificar seria vencer fazendo dois gols fora de casa - e o time tricolor entrou em campo já ciente disso. O jeito era ir ao ataque. Mas foi o Fortaleza quem acertou o travessão logo depois de abrir o placar.
Flávio Araújo sacou Esquerdinha para por Lucas Bacelar. Talvez fosse melhor por logo o Fabinho para aproveitar sua velocidade. Em desvantagem no placar, o River não tinha mais nada a perder.
Também esperei que Thiago Marabá desse lugar a Léo Olinda mais cedo, mas a troca dos meias pouco mudou o panorama do jogo, infelizmente. Fabinho veio a entrar mais tarde, no lugar de Eduardo, encerrando as substituições.
E foi Fabinho quem mexeu com a partida para o River, em todos os sentidos. Foi protagonista de três lances em cinco minutos: da encenação frustrada para tentar cavar um pênalti, passando pelo chapéu que tomou de Tinga, até o gol de empate, logo em seguida, aos 40 minutos. Um belo gol, daquilo que se espera dele: jogada em velocidade, no contra-ataque, com um chute certeiro de fora da área.
Para o River bastava mais um gol. Mas toda aquela marcação que anulou o Fortaleza no primeiro tempo já havia ido para o brejo na reta final de jogo. Foi com um vacilo desses que Lúcio Maranhão marcou 2 a 1 e eliminou o time do Piauí.
Copa do Brasil, para nós, agora só em 2016. Apesar dessa talvez ter sido uma das melhores partidas do River no ano, em se tratando de disposição tática dos comandados de Flávio Araújo. Por mais que o treinador não consiga repetir sua onzena titular, por diversos motivos, o Galo já parece bem mais maduro para a sequência da temporada - ainda que alguns pontos na defesa e em finalizações precisem ser melhoradas..
Fonte: cidadeverde.com