A legislação que estabelece os incentivos fiscais no Piauí favorece o aumento do número de empreendimentos que estão se instalando no estado. E essa é uma realidade que vem sendo registrada pela Junta Comercial do Piauí (Jucepi), que contabiliza a abertura de 7.607 empresas somente nos primeiros cinco meses de 2015. Apenas no mês de maio, 1.420 empreendimentos entraram em atividade. Um dado que chama a atenção é de que os microempreendedores individuais (MEIs) respondem por 80% das novas empresas constituídas no estado.
De janeiro a maio de 2014, foram abertas 7.473 empresas. Durante todo o ano de 2014, foram constituídos 16.359 empreendimentos. Os números também indicam que foram baixadas 1.139 empresas, isto é, menos de 7% do total de constituições no ano. O estado acumula 128.213 empresas ativas. Desse total, 93,3%, ou seja, 119.563 são micro e pequenas empresas. O levantamento, realizado pela Jucepi, aponta que mais de 50% das novas empresas foram estabelecidas em Teresina. No interior, os municípios que se destacam são Parnaíba, Picos, Floriano e Piripiri.
De acordo com a presidente da Jucepi, Alzenir Porto, o mercado está descobrindo o Piauí como um grande potencial. “Saímos daquela visão de que somos um estado pobre. Agora somos um estado de oportunidades, na visão dos investidores que aqui chegam. O empresário tem no Piauí uma condição totalmente favorável. O governador Wellington Dias está buscando esses investidores, trazendo para o estado e dando os incentivos para que se instalem. Então, o momento é de crescimento”, explica a presidente.
O Governo do Estado, através da sua política de incentivos fiscais, abre as portas para os investimentos. Felipe Salha, auditor fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda, revela que o Piauí vem buscando empresas de fora e oferecendo condições favoráveis e incentivos fiscais, para que esses empreendedores invistam no Piauí, gerando desenvolvimento, emprego e renda.
“Temos uma das legislações mais avançadas no Brasil para investimento, o que já possibilitou várias conquistas para o Estado do Piauí. Já conseguimos este ano gerar 150 empregos diretos, 665 indiretos e investimento de 4 milhões e 850 mil reais, através de duas empresas em Teresina, uma em picos, outra em Parnaíba e uma em Esperantina”, enumera Felipe Salha.
Segundo o auditor, há ainda a modalidade “ampliação”, com duas empresas que já estão gerando 26 empregos diretos e 130 indiretos, num investimento de quase R$ 2 milhões. “Em 2015, estamos fazendo a renovação com a prorrogação desses benefícios que estavam contemplados até dezembro de 2014. Todas as empresas que tinham benefícios nesse período foram contempladas com a prorrogação até 2030.”
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, José Icemar Lavor Nery, Nerinho, explica, de contrapartida, que as empresas beneficiadas com incentivos fiscais destinam 2% do seu faturamento para o Fundo Industrial do Piauí, para que sejam desenvolvidas obras no polo empresarial norte e no distrito industrial sul da capital. “Esse fundo deve gerar algo em torno de 7 milhões em 2015. No polo empresarial norte, estamos fazendo uma estrada e no polo industrial sul vai ser criado o porto seco, que custa em torno de 8 milhões de reais”, explica.
Nerinho destaca ainda que o governador Wellington Dias trabalha para levar polos industriais para o interior do estado. “Já temos projeto para criação de polos em Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus, para que possamos também migrar empresas para o interior”, frisa.