23 / 06 / 2015 - 08h20
Enfermeiros continuam em greve após decisão que decretou ilegalidade

Mesmo com a decisão do Tribunal de Justiça que decretou a ilegalidade da greve, os enfermeiros do município de Teresina decidiram dar continuidade ao movimento que começou na última terça-feira (16). Em entrevista para o Jornal do Piauí desta segunda-feira (22), o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares em Enfermagem do Piauí (Senatepi), João Sérgio, afirmou que os grevistas ainda não foram notificados da decisão.

"Ainda não fomos notificados e a categoria não foi atendida. Só há uma maneira de acabar a greve que é uma mesa de negociação e a categoria ainda não foi atendida", disse João Sérgio. Sobre a ilegalidade da greve, o presidente do Senatepi afirmou que o sindicato pretende apelar. "Vamos recorrer de qualquer decisão", completou.

A ilegalidade foi declarada pelo desembargador Fernando Carvalho Mendes, da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. A decisão foi assinada na última sexta-feira (19) e ordenou a suspensão imediata do movimento, dando um prazo de 48 horas para os servidores voltarem ao trabalho.

Em caso de descumprimento, o documento determina a multa diária de R$ 1 mil para o Senatepi. De acordo com o desembargador que assinou a decisão, existem decisões do Supremo Tribunal Federal que proíbem a greve de servidores da área de saúde, já que ela é considerada uma atividade essencial.

Ministério Público intervém
Na tentativa de abrir um canal de negociação entre o movimento grevista e a Prefeitura de Teresina, o Ministério Público (MP) agendou uma reunião na próxima quarta-feira (24). O Senatepi confirmou a presença no encontro e pretende negociar o reajuste salarial de 8,5%, almejado pela categoria.

O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Luciano Nunes, alega que a gestão municipal sempre esteve aberta ao diálogo com a categoria e achou inusitada a greve. "Nos causou estranhamento porque em 2013 houve uma negociação para um Plano de Cargos, Carreiras e Salários e a Prefeitura cumpriu a parte dela", explicou.

O gestor disse que irá apresentar esse e outros argumentos na reunião com o MP e fez um apelo para que os profissionais encerrem a greve. "Recebemos o convite do MP e estaremos presentes para apresentar nossos argumentos. Mas fazemos um apelo para que os servidores compareçam aos seus locais de trabalho para exercer suas funções. É importante que essa greve se encerre para que a normalidade plena seja estabelecida", finalizou.

Fonte: cidadeverde.com

 



29 de Novembro de 2024 00h:36
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