David Ospina bem que tentou. O goleiro do Arsenal deixará Viña Del Mar depois de uma das grandes atuações da carreira. Entretanto, a Argentina foi quem comemorou. Com uma vitória por 5 a 4 nos pênaltis, a equipe de Lionel Messi e companhia superou o sufoco - e a atuação inspirada do camisa 1 adversário - para superar a Colômbia e avançar à semifinal da Copa América de 2015.
Classificada depois de 90 minutos e uma estressante disputa por pênaltis, a equipe do técnico Gerardo Martino encara na semifinal da Copa América o vencedor do confronto entre Brasil e Paraguai, que se enfrentam neste sábado, às 18h30 (de Brasília), em Concepción.
O dia de 26 de junho marcou a grande noite da Argentina na Copa América. Dona de atuações criticáveis, a atual vice-campeã mundial se impôs de maneira soberana diante da Colômbia. Durante todos os 90 minutos, a movimentação ofensiva, a posse de bola e as jogadas individuais eram dos argentinos; no entanto, um homem se colocou a frente disso tudo.
Se os argentinos atuaram em seu melhor nível diante da Colômbia, David Ospina terminou a noite com uma das melhores exibições da carreira. O goleiro colombiano protagonizou o duelo de uma forma capaz de minimizar os feitos de Lionel Messi, Ángel Di María e Sergio Aguero, que, enfim, apresentaram-se juntos e de maneira envolvente na Copa América do Chile.
Logo aos 6min, a Argentina assustou: Di María avançou pela esquerda e cruzou rasteiro para Javier Pastore. O meia do Paris Saint-Germain, como um homem surpresa, tocou de primeira e obrigou o goleiro colombiano a protagonizar a primeira grande defesa da noite Viña Del Mar.
As jogadas com Di María se mostraram as mais perigosas para o gol colombiano. Para azar argentino, contudo, Ospina estava inspirado e com sorte. Aos 23min, por exemplo, Aguero aproveitou cruzamento do meia do Manchester United e tocou de cabeça. A bola caprichosamente foi para fora.
Dois minutos depois, o lance mais emblemático. Depois de cruzamento da direita, Aguero se antecipou e tocou no contrapé de Ospina, que, com os pés, parou o camisa 11 argentino. Na sobra, Lionel Messi, completamente sozinho, tocou de cabeça com a ideia de apenas estufar as redes, mas o goleiro colombiano ressurgiu de maneira espantosa, espalmou e evitou o gol.
Antes do fim da primeira etapa, Ospina ainda trabalhou de forma importante aos 37min, após cortar lance de Zapata, que por pouco não marcou contra o próprio patrimônio. A noite já se mostrava inesquecível para o goleiro.
A pressão se tornou ainda maior na segunda etapa. Era um trabalho de ataque contra defesa; ou melhor, ataque contra Ospina. Se aos 22min, Zapata obrigou Romero a fazer a primeira intervenção sobre o ataque colombiano, o goleiro do Arsenal protagonizou a parte final do duelo e encerrou uma atuação épica.
Aos 33min, a sorte apareceu de novo: Banega chutou de longe e carimbou o travessão. Dois minutos depois, Di María cobrou escanteio na medida para Nicolás Otamendi, que desviou forte de cabeça e acertou o travessão. A bola ainda correu a linha do gol até ser afastada por Murillo.
Pressão, pressão e pressão. A Argentina acuou a equipe adversária no campo defensivo e pressionou. A respiração do torcedor acelerou, a calma acabou, mas, no fim de tudo, veio o alívio: aos 49min, quando Ospina cortou cruzamento de escanteio e ficou com a bola nas mãos. Não havia outra melhor maneira de encerrar esse grande duelo do que esta.
Fonte: ESPN