‘Adote um pequeno torcedor’ é o nome da campanha do time de futebol Sport Club do Recife, que tem como objetivo ajudar a encontrar famílias para cerca de 40 crianças e adolescentes, entre 7 e 17 anos.
“Essas crianças são consideradas de difícil colocação em famílias substitutas em razão do mito que a doção só dá certo se for de crianças pequenas. Não é verdade. Crianças maiores contribuem muito mais para o sucesso da adoção porque desejando, querendo família, um pai e uma mãe”, fala o juiz da 2ª Vara de Infância e da Juventude do Recife, Elio Braz.
No Brasil, 6.169 crianças estão em abrigos esperando uma família e mais de 34 mil pessoas estão inscritas no Cadastro Nacional de Adoção querendo adotar. O problema é que maioria está interessada em crianças menores de sete anos. As maiores acabam ficando nos abrigos. Foi por isso que o Sport resolveu entrar em campo para mudar essa situação.
“Meu maior sonho é ter uma família que me dê carinho”, fala Vanessa Bezerra, de 13 anos. Ela está desde pequena no abrigo à espera da adoção.
Foi de mãos dadas com crianças que vivem em casas de acolhimento no Recife, que o time pernambucano lançou a campanha "Adote um pequeno torcedor”.
“Não é restrito à crianças que torcem pelo Sport e também não é restrito aos torcedores do Sport. O que a gente de fato quer é que esse banco de adoção possa ter uma maior frequência possível e que a sociedade entenda mais a causa”, fala o diretor de responsabilidade social do Sport, Fábio Silva.
O jogador Marlone foi adotado quando era bebê. "Não sei nem o que seria de mim se Deus não permitisse que essa família me adotasse. Eu poderia estar naquele hospital, jogando esperando até hoje ou num lugar desse. Sou grato à família que Deus me deu”, diz o jogador meio-campo do Sport, Marlone.
A jornalista Ana Maria Rocha também foi adotada quando era criança. Quando casou com Tiago descobriu que teria dificuldade para engravidar. Ela não desistiu de aumentar a família. O primeiro filho vai ser adotado.
“Estou grávida do coração. É uma gestação diferente. Para gente dura mais que os nove meses. Estamos há dois anos esperando nosso filho chegar”, conta.
O Sport acredita que a paixão pelo futebol pode unir essas pessoas. “Muitos sonham em ter uma família para gritar o gol, abraçar, chorar e quantos e quantos estão no assistindo queriam também? Chegou a hora: adote”, avisa o diretor do Sport Fábio Silva.
Fonte: G1