10 / 11 / 2015 - 13h52
Mãe recebe corpo de filha em caixa de papelão

A família de Maria Nilvânia dos Santos Lima entrou com ação e acionou à Polícia contra o Hospital Senador Cândido Ferraz, após receber o corpo da filha recém-nascida, e já morta, em uma caixa de papelão na última sexta-feira (6) em São Raimundo Nonato, município a 517 km de Teresina. Pedro Mendes, advogado da família, afirma que houve negligência por parte do local que atrasou o atendimento em mais de seis horas o que provocou sofrimento do feto levando à morte do bebê.

“Ela fez o acompanhamento médico, fez o pré-natal, tudo normal. Nas vésperas de vir para São Raimundo Nonato ela sentiu contrações e passo pelo médico na sexta-feira a tarde e lá foi verificado que estava em trabalho de parto e estava com dilatação e a criança estava normal. Ela deu entrada no hospital às 5h da manhã e ela ficou no corredor do hospital sendo supostamente atendida somente às 19 horas. Seria um parto normal, mas o médico atestou como causa morte a prematuridade”, explicou o advogado.

A versão médica é contestada firmemente pela família, que alega que a menina estava com 38 semanas e nasceu com 3kg e 600gm em estado normal de saúde. “O laudo médico reforça ainda mais que houve negligência do hospital porque devia ter atuado antes. Ele disse que a criança estava em decomposição e estava há quatro dias assim. Isso é absurdo. Eles não tem nem instrumentos que apontem isso”, reforçou o advogado.

Além da negligência hospitalar a família denuncia que o corpo da menina foi entregue aos familiares em uma caixa de papelão. “Ó a criança tá aqui dentro da caixinha, foi o que eles disseram quando colocaram ela numa mesa da enfermaria. Isso não se faz”, completou o advogado. A denúncia chegou à delegacia regional e à Comissão de Direitos Humanos da OAB. O advogado afirmou que irá acionar ainda o Conselho Regional de Medicina e o Conselho Regional de Enfermagem.

Procurada pelo Cidadeverde.com a delegada de São Raimundo Nonato, Cínthia Verena, explica que todos os envolvidos serão intimados a depor, desde a paciente até a equipe médica que trabalhou no parto, para apurar as denúncias e responsabilizar os culpados pela morte. 

”A gente está. Estou esperando ela melhorar para que ela possa vir se apresentar aqui. Vamos apurar os exames de pré-natal e apurar se houve realmente uma negligência”, esclareceu.

Fonte: cidadeverde.com



28 de Novembro de 2024 17h:51
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