A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) lançou, em novembro do ano passado, a campanha Tarifácil, para apresentar aos diversos segmentos sociais como são calculados os valores das tarifas e quais os custos envolvidos de modo a promover o equilíbrio econômico-financeiro de seus operadores e garantir a manutenção do serviço ofertado.
A campanha vem sendo divulgada nas redes sociais, de maneira bem- -humorada, por meio de quadrinhos. O impacto das gratuidades, os principais custos operacionais das empresas, além de outras variáveis que compõem os valores, são os destaques. As peças publicitárias estão difundidas nas principais redes sociais, como Twitter e Facebook, a fi m de dar maior agilidade e alcance possível.
A campanha esclarece sobre a composição das tarifas de ônibus, produzido em um livreto, em formato de e-book, a ser disponibilizado em diversos canais de mídia digital.
O presidente da NTU, Otavio Cunha, tem se mostrado satisfeito com a iniciativa que, segundo ele, vem atingindo o objetivo de esclarecer à sociedade sobre os itens presentes na formulação dos preços das tarifas. “A campanha está sendo repercutida em todos os estados, e o retorno tem sido interessante, com essa didática, e acredito que ela possa melhorar a relação das empresas com a sociedade, de modo que haja compreensão das questões e dos problemas que temos. Não devemos ter receio de discutir o assunto”, disse.
Para Cunha, a população precisa ser esclarecida sobre essa questão para compreender que a atividade empresarial na área do transporte coletivo urbano funciona como qualquer outra. “Oferecemos o serviço, temos despesas, custos, prejuízos e remuneração, como qualquer outra empresa”, pontua.
Na formação de custos para compor a tarifa, Cunha destaca que 64% do total são relativos à mão de obra e ao valor do óleo diesel. Informa ainda que não são as empresas que determinam o preço da tarifa e nem dizem o quanto os usuários devem pagar. “Precisamos esclarecer que quando apenas a tarifa é usada para absorver todos os custos do transporte, ela fica mais caro para o passageiro pagante. E quando existem outras fontes de recursos financeiros, na forma de subsídios, por exemplo, a tarifa pode ser mais barata. Mas isso é definido pelo órgão gestor e não pelas empresas”, finaliza.