O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), garantiu na tarde desta quarta-feira (23) que não recebeu nenhum recurso da construtora Odebrecht para sua campanha de 2012. 

Hoje, a imprensa nacional divulgou uma “superplanilha” indicando nomes e valores pagos pela Odebrecht a cerca de 200 políticos e 18 partidos, doados para as eleições municipais e estaduais de 2014.

Firmino Filho afirmou ainda que a Odebrecht, alvo da operação Lava Jato, não tem nenhum contrato e nem vínculo com a prefeitura de Teresina.

“A prestação de contas da campanha está disponível no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e nunca recebi nenhum recurso de campanha da Odebrecht, não tenho contrato e nem obra vinculada com essa  construtora”, garantiu Firmino Filho.

O secretário municipal de Comunicação, Fernando Said, ressaltou ainda que os gastos do comitê eleitoral do prefeito ocorreram dentro da lei, com aprovação de todos os órgãos competentes.

“Todos os recursos recebidos pela campanha foram declarados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e a prestação está à disposição no site do TSE”, ressaltou.

Fernando Said informou que a maior doação de campanha recebida por Firmino Filho veio do Diretório Nacional do PSDB.

“O prefeito está absolutamente tranquilo e não tem nada que abone a sua conduta. Como a gente diz: ele entrou de gaiato no navio e não tem nada contra ele e está cumprindo sua agenda normalmente”, garantiu Fernando Said. 

Volta o sigilo

A “superplanilha” ficou disponível em menos de 24h e o juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, decretou o sigilo dos autos que contêm as planilhas da Odebrecht com os nomes de 200 políticos.

Os papéis eram públicos até a manhã desta quarta-feira (23), mas já estão sob sigilo. Na relação da Odebrecht, surgem nomes de ministro do governo, senadores e deputados, todos com foro no STF.

"Em decorrência de notícias da imprensa, constato que, aparentemente, na residência de Benedicto Barbosa da Silva Júnior foram apreendidas listas com registros de pagamentos a agentes políticos", diz Moro no despacho.

"Prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos. Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos", disse o juiz em nota.

A lista indicou quatro nomes de políticos que teriam recebidos da Odebrecht. Além de Firmino Filho, os documentos apontam nomes como o do governador Wellington Dias (PT), do senador Ciro Nogueira (PP) e do deputado federal, Heráclito Fortes (PSB). Heráclito já se defendeu das acusações. Veja aqui.

O governador, que está em Salvador, divulgará nota de esclarecimento.

Fonte:cidadeverde.com