A perícia realizada pelo Instituto Médico Legal no corpo de Isabeli Alves Feitosa, que morreu no Hospital Regional de Campo Maior na última quinta (23), negou que a criança tenha morrido por engasgamento. O laudo que a reportagem teve acesso com exclusividade aponta que a menina de um ano e quatro meses faleceu por complicações de pneumonia.
Isabeli deu entrada no HRCM na quarta-feira (22/06) com sinais de pneumonia, o que foi comprovado num exame de Raio X. A criança foi internada e medicada. No final da manhã de quinta apresentou insuficiente respiratória (falta de ar) e faleceu. A família alega que a morte aconteceu logo após a aplicação de uma medicação, enquanto o hospital defende que Isabeli se engasgou com uma alimentação dada pela própria mãe.
No laudo do IML, no entanto, o Médico Perito João Lisboa de Flores Filho descreve que a menina faleceu de insuficiência respiratória devido à consequência da pneumonia. O médico revelou que não foi encontrado leite ou água no pulmão da vítima que pudesse levar ao óbito.
As dúvidas
Testemunhas ouvidas pelo Em Foco afirmaram que presenciaram a criança ser ‘alimentada pela mãe numa mamadeira. Logo depois ela teria se engasgado e levada por profissionais de saúde a sala de estabilização’, onde teria recebido procedimentos de reanimação respiratória.
A mãe de Isabeli, contudo, diz que alimentou a filha e logo em seguida a colocou no leito. A família comentou com a reportagem que houve demora na aplicação de medicações na criança e que logo depois a administração de medicamento a menina teria apresentado falta de ar.
Os medicamentos foram administrados, segundo o prontuário, às 6:30 da quarta-feira. Novas doses deveriam ser aplicadas às 18h30, o que não aparece checado no documento. O médico Antônio Carlos Bandeira o “Kikar” anotou que realizou procedimentos de reanimação cardiopulmonar e Aspiração Traqueal, mas Isabeli não respondeu e acabou falecendo.
Fonte: campomaioremfoco