08 / 08 / 2016 - 10h01
Quarto lugar no individual geral pensou em desistir da ginástica

No início de 2016, Rebeca Andrade nem poderia imaginar que estaria nos Jogos Olímpicos. Em recuperação de uma lesão no joelho direito, que a obrigou a passar por cirurgia, a paulista se deixou abater pela dor e a possibilidade de que nunca mais fosse brilhar nos tablados. Mas, como conselho de mãe vale ouro, a ginasta ouviu a bronca de dona Rosa Rodrigues e não abriu mão do maior sonho.

– Falei para a minha mãe que não queria mais treinar. Deve ter uns sete meses… Foi depois que eu machuquei, mas ela não deixou. Me disse: ‘Você vai desperdiçar 13 anos da sua vida? Não vou deixar!’ – contou a tímida atleta, de 17 anos. – Agora, vou ligar para ela, que vai estar chorando, e eu vou chorar também, porque estou muito feliz.

Rebeca foi a melhor brasileira no dia de classificatórias, no domingo, na Arena Olímpica. A paulista garantiu o quarto lugar no individual geral, com 58.732 pontos, e ficou atrás apenas das norte-americanas Simone Biles, a maior estrela da ginástica, e Alexandra Raisman. A atual campeã olímpica Gabrielle Douglas ficou em terceiro, mas apenas duas atletas por países podem estar entre as 24 melhores. Assim, a brasileira entra forte na briga por pódio.

– Meus treinadores sempre acreditaram que um dia eu chegaria numa final olímpica no individual. Muito mais que eu. Agora que vi que posso, quero mais – diz a atleta. – Não sou só mais uma. É bom mostrar que posso ajudar a equipe e ir bem também.

Rebeca se sentiu uma diva no tablado. Bem à la Beyoncé, que inspirou a ginasta no solo a criar um mixe dos sucessos “Crazy in Love” e “Single Ladies”. Diva, aliás, é o nome de uma das canções da Queen B da música.

– Ela é uma diva, né? Aí eu me senti uma diva no solo também. Fico muito feliz de poder representá-la – diz.

fonte: cidadeverde.com



24 de Novembro de 2024 17h:06
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