O legado deixado pelos irmãos Francisco das Chagas Júnior (Chaguinha) e Bruno Queiroz, quemorreram após um grave acidente que aconteceu há dois meses em Teresina, se mantém mais vivo do que nunca. Na tarde do domingo (4), amigos lembraram das vítimas e realizaram a primeira Bienal do Coletivo Salve Rainha, um sonho que era do coletivo e, principalmente, dos irmãos.
Realizada no Parque da Cidadania, Centro de Teresina, a Bienal contou com exposições, feiras e apresentações culturais. Para lembrar um pouco daquele que concebeu o Coletivo Salve Rainha, durante o evento, objetos pessoais de Chaguinha como roupas, sapatos e livros, estiveram expostos nos espaços do parque.
Quem também esteve expondo suas obras foi o jornalista Jader Damasceno, único sobrevivente do acidente, e quem convidou a população em vídeo na internet para participar do evento. Sua obra é composta por peças e toras de madeira trazidas da cidade de Oeiras, onde se recupera do acidente.
O jovem fala da Bienal como a realização de um sonho, uma mensagem para a população de que é preciso acreditar na vida e nunca perder as esperanças.
"Os sonhos eles motivam, fazem a gente continuar a caminhada. Seguir. São a esperança, os temperos fundamentais para continuarmos a nossa vida. É muito simples. Não tem segredo. A gente complica demais a nossa vida. Tudo passa a ser desculpa, mas o problema maior está dentro da gente. Só o que falta é sonho e esperança", disse.
A Bienal abre a nova temporada do Salve Rainha, cujas atividades acontecerão sempre aos domingos.
Entenda o caso
Os integrantes do movimento Salve Rainha se envolveram em um acidente de trânsito no dia 26 de junho, no cruzamento da Avenida Miguel Rosa com a Rua Jacob de Almendra, no Centro de Teresina. O carro em que eles estavam foi colidido por um outro veículo que era condudizo em alta velocidade por um jovem embriagado.
Bruno Queiroz, 30 anos, morreu no local, e Francisco das Chagas Junior, 32 anos, teve morte encefálica dias depois. O motorista do veículo que provocou o acidente foi detido e fez exame clínico que constatou embriaguez, mas acabou liberado após pagamento de fiança.
Ele foi indiciado após quase 30 dias de investigações que incluíram a reconstituição do acidente. O inquérito ficou pronto e foi entregue à Justiça. O motorista responde por homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar.
Fonte: G1 PI