Taxa está mantida em R$ 1 até que a empresa se manifeste novamente (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
Menos de uma semana após a publicação do decreto que autoriza o reajuste, as tarifas de embarque cobradas no Terminal Rodoviário Lucídio Portela, em Teresina, voltaram ao valor original, de R$ 1. Após solicitação da Sinart, empresa que administra o terminal através da parceria público-privada, os novos valores foram estabelecidos: R$ 1,20 para viagens de até 40 km; R$ 2,20 para viagens entre 40 e 120 km; R$ 3,20 para viagens acima de 120 km; e R$ 4,20 para viagens interestaduais. A justificativa apresentada foi a realização de obras emergenciais na estrutura do local.
Segundo funcionários que atuam na venda de bilhetes de viagens no Terminal, o novo valor foi cobrado por apenas dois dias. Após isso, a Sinart comunicou o retorno da taxa de R$ 1. “Recebemos apenas uma ligação comunicando que o reajuste da taxa de embarque deveria deixar de ser cobrado”, destaca uma funcionária, que prefere não ser identificada.
Procurada pela reportagem, a Sinart não esclareceu os motivos da suspensão do reajuste na tarifa de embarque. O diretor de Operações, Robson Silva, responsável pela gestão do Terminal, disse apenas que ainda não existe previsão de quando os novos valores voltarão a ser repassados aos passageiros. “É uma decisão que cabe à direção da Sinart”, resumiu.
Apesar de ainda não estarem em vigor, os novos valores já causam revolta em quem utiliza os serviços do Terminal Rodoviário de Teresina. “É algo sem lógica. Pra ir para cidades do Maranhão, aqui do lado, eu vou pagar mais do que para ir para cidades do Piauí, que ficam bem mais distantes”, questiona o estudante Carlos Eduardo Gomes.
Na visão dos usuários, nem mesmo as melhorias realizadas na estrutura justificam o aumento na taxa de embarque. “As melhorias que fizeram, até o momento, são muito poucas. No geral, a situação está do mesmo jeito. Os banheiros estão aí pra comprovar isso”, avalia a dona de casa Socorro Lima, que discorda da forma como o terminal passou a ser administrado. “Esse lugar deveria ser administrado pelo Estado e não por uma empresa privada, que vai fazer de tudo para arrancar dinheiro do cidadão”, completa.
Com informações do Jornal O Dia