Operação Fantasma desarticulou grupo criminoso que abria empresas fantasmas. (Foto: Divulgação/Polícia Civil do Piauí)
Segundo a polícia, o grupo criminoso era comandando por uma família.
Três pessoas que foram presas durante a Operação Fantasma deflagrada na última quarta-feira(2) decidiram colaborar com as investigações e assinaram termo de delação premiada. Segundo o promotor Plínio Fontes, elas se comprometeram a revelar como o esquema criminoso de emissão de notas frias funcionava. As investigações descobriram que grupo desviou mais de R$ 80 milhões do Fisco no Piauí.
“O promotor estava presente e ficamos satisfeitos, tanto que vamos pedir a homologação da delação. Eles serão liberados antes do prazo que é de cinco dias nos casos de prisão preventiva. Eles passaram informações importantes, algumas já estavam citadas nas investigações e agora foram reiteradas”, comentou delegado José João, do Grupo Interinstitucional de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Grincot).
Ao todo, 50 mandados judiciais foram cumpridos em Teresina e Campo Maior. Conforme o Ministério Público, os alvos da operação seriam responsáveis pela gestão de várias empresas fantasmas, criadas para emitirem notas fiscais falsas. Desse modo, as dívidas tributárias não recaíssem sobre os reais compradores, mas sobre empresas destinatárias fictícias, cujos 'proprietários' não possuíam quaisquer recursos
A polícia agora vai atrás de pessoas que se beneficiaram com o esquema. “Todos serão indiciados. Esse esquema era como uma teia que funcionava há mais de 30 anos. A sociedade deseja que estes criminosos fossem presos porque em Campo Maior eles tinham uma vida de barão”, afirmou delegado.
Segundo a polícia, o grupo criminoso era comandando por uma família: três filhos e mãe que possuía dois CPFs. “Estes irmãos são os lideres do esquema porque eram os que mais lucravam com a atividade criminosa. A mãe aparentemente era usada como pelos filhos, mas ela tinha pleno conhecimento do que estava acontecendo, de que havia algo ilícito”
Os investigadores também estão de olho nos bens da quadrilha e já conseguiram localizar nove carros, sendo seis veículos de passeio e três caminhões. Também já foram apreendidos cerca de R$ 150 mil em dinheiro, espécie e cheque.
Fonte: G1