Motivo da Sessão: Plágio do Hino de Campo Maior
A câmara municipal de Campo Maior realizou na noite da última quinta-feira (24), audiência pública para discutir o possível plágio do hino de Campo Maior, bem como, a possibilidade de se conceber uma nova letra e melodia, substituindo assim, o atual, que foi regulamentado em 1983.
A sessão presidida pelo vereador Fernando Miranda, teve autoria do requerimento do vereador Neto dos Corredores e reuniu grandes nomes da academia, professores e historiadores campomaiorenses. A possibilidade da mudança do símbolo tem despertado um grande movimento na sociedade, que tem se manifestado de forma intensa nas redes sociais, quer seja contra, quer seja a favor.
Estiveram presentes à audiências, os professores e historiadores Marcus Paixão, Celson Chaves, Assis Lima, Franco Neto e Augusto Pereira, os professores e músicos Flávio Roberto e Lécio Johnes, o ex-prefeito Cézar Melo, o presidente da ACALE João Alves Filho, o presidente da OAB Campo Maior, Wilson Síndola, além dos vereadores Luís Lima, Gabriella Pinho, Hamilton Segundo, Daniel Soares, Fernando Miranda e Neto dos Corredores.
Os debates iniciaram após a exibição de três vídeos, além do próprio hino de Campo Maior, onde os adeptos da teoria de plágio tentaram mostrar que a letra e melodia empregada em Campo Maior, são cópias dos hinos de Uruçuí (Piauí) e Paraibano (Maranhão), além de todas serem plágio da música “Cidade Morena”, cantada por Tonico e Tinoco em homenagem à cidade de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso.
“Fica claro o plágio do nosso hino. Não queremos de forma alguma desqualificar as autoras, mas queremos sim, que a originalidade seja peça fundamental no hino de nossa cidade. Por isso, defendemos um concurso público para a escolha de um novo hino e a imediata revogação da lei que instituiu o atual. Queremos e precisamos de originalidade para poder de fato honrar o patriotismo de nossa terra”, comentou o professor Celson Chaves, adepto da mudança da atual letra e música do hino de Campo Maior.
Por outro lado, o historiador Marcus Paixão, defende a permanência do que está posto atualmente, pois segundo ele, mudar essa condição, abalaria profundamente valores históricos e culturais de Campo Maior, abrindo assim, um precedente complicado para mudança de outros símbolos, como por exemplo, a bandeira de Campo Maior. “Se o problema for o plágio, que se comprem os direitos autorais. Agora, seria no mínimo inusitado, mudar algo que o povo já se acostumou, mudar algo que já se consolidou na nossa sociedade. Esse hino surgiu na década de 60, quando as autoras fizeram uma paródia para ser apresentada em determinada escola. Pela beleza, a letra chamou atenção e anos mais tarde, com a aprovação popular, tornou-se hino oficial de Campo Maior”, disse Marcus Paixão.
Informações deolho