A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (5) a operação Fantôme, que investiga crimes previdenciários. Estão sendo cumpridos mandados em Teresina e em cinco cidades maranhenses: Codó, Timbiras, Coroatá, Presidente Dutra e São Luís.
As investigações foram iniciadas no ano de 2012 e levaram à identificação de um esquema criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para fins de concessão de benefícios de Amparo Social ao Idoso a pessoas fictícias, além do recebimento indevido de benefícios previdenciários após o falecimento do titular.
Segundo a assessoria da PF, a organização criminosa contava com um funcionário de uma instituição bancária em Timbiras/MA e outro da agência dos Correios em Codó/MA, responsáveis pela abertura de contas correntes, realização da prova de vida e renovação de senha bancária. Fazia parte, ainda, um servidor do INSS, atualmente aposentado, além de intermediários e agenciadores.
Mandados
Foram cumpridos 14 mandados judiciais, sendo 2 de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, além do sequestro de bens imóveis e de veículos em poder dos principais investigados.
Dentre os mandados judiciais consta, ainda, a determinação para que o INSS suspenda o pagamento de 109 benefícios, submetendo-os a procedimento de auditoria.
Prejuízos
O prejuízo calculado inicialmente é de aproximadamente R$ 10,2 milhões. O prejuízo anual, a ser evitado com a suspensão dos benefícios, gira em torno de R$ 1,2 milhão. Os investigados presos serão indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, organização criminosa e lavagem de capitais.
A operação é resultado de uma força-tarefa integrada pela PF, Secretaria de Previdência e Ministério Público Federal. A Operação contou com a participação de 50 policiais federais e de 2 servidores da área de Inteligência Previdenciária, a Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR).
O nome Fantôme, na tradução da língua francesa, significa fantasma, em alusão ao esquema criminoso cujo modus operandi seria a utilização de pessoas fictícias, criadas apenas para que o verdadeiro autor não aparecesse nas operações fraudulentas.
*Com informações da Polícia Federal
Fonte:cidadeverde.com