A Câmara de Campo Maior realizou nessa segunda-feira (25/09) audiência pública que debateu melhorias no abastecimento de água no município. Vereadores, prefeito Professor Ribinha, direção do SAAE, secretarias municipais, Defesa Civil e presidentes de associações de moradores cobraram atitudes coletivas e propuseram medidas para garantir a continuidade no fornecimento d’agua.
“O Ceará, por exemplo, não debateu seu fornecimento e hoje sofre um grave problema. Nós não podemos deixar que esse problema aconteça por aqui. Já vivemos uma situação que é a de usar água muito profunda para fornecer a população. O que era pra ser guardada para uso das futuras gerações nós já estamos usando hoje”, justificou o presidente da Câmara e propositor da audiência, vereador Fernando Miranda.
João Lima, diretor do SAAE, explicou que para encontrar água os poços estão cada vez mais profundos. Ele expressa preocupação com fazendas e chácaras que cavam poços de forma indiscriminada e com a zona rural do município que consome o dobro da quantidade de água da zona urbana e sem possuir hidrômetros.
“Na zona rural têm pessoas usando água tratada para a agricultura, piscicultura, pecuária. Já que não há medição, a zona rural usa água sem controle e isso faz com ela consuma o dobro da cidade que tem uma população três vezes maior. E as fazendas e chácaras cavam poços sem controle. Cada um vai lá e cava o seu. Ou controlamos o consumo ou corremos risco de sermos penalizados com a falta dela (água)”, disse.
O SAAE propôs apresentar de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) ao Ministério Público para que seja evitado uso irregular de água e uma maior fiscalização no desperdício do produto. A Câmara, por sua vez, vai apresentar requerimento ao executivo municipal pedindo a desobstrução de leitos e aprofundamento de rios bem como requer atuação das secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural com campanhas preventivas.
Fonte: Ascom Câmara de Campo Maior