Está marcada para esta quinta-feira (23) a primeira audiência de instrução e julgamento do motorista Paulo Alves do Santos Neto, acusado de matar a ex-namorada, a cabelereira Aretha Dantas com 22 facadas. O crime ocorreu na madrugada do dia 15 de maio e chocou a capital pela brutalidade com a qual foi praticado. Após esfaquear a jovem, Paulo é acusado de passar com o carro sobre o corpo da vítima para tentar simular um atropelamento.
A 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina autorizou a quebra do sigilo telefônico do acusado e da vítima, a pedido do assistente de acusação do caso. O despacho foi publicado no Diário Oficial da Justiça da última segunda-feira (20). A audiência está prevista para iniciar as 8h30 na 1ª vara e nela devem ser ouvidas todas as testemunhas de defesa e acusação.
O juiz Antônio Reis de Jesus Nolêtto já negou por duas vezes um pedido de exame de insanidade mental pedido pela defesa do acusado. A defesa também pediu a retirada de provas encontradas em sua casa, alegando que são ilícitas pela forma como foram buscadas pela Polícia.
A denúncia contra Paulo foi enviada pelo Ministério Público do Estado para a Justiça no dia 05 de junho e tem a frente o promotor de justiça Benigno Filho e acatada pela 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri.
O crime
O motorista Paulo Alves dos Santos Neto está preso desde o dia 16 de maio, indiciado por homicídio duplamente qualificado com feminicídio. Durante as buscas, a Polícia Civil localizou várias manchas de sangue da jovem na residência do acusado e ainda dentro e fora do seu veículo.
Em entrevista a TV Cidade Verde, o delegado Francisco Costa, o Bareta, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa, afirmou que a jovem passou por “um intenso sofrimento” ao levar 20 facadas e ser atropelada por duas vezes pelo veículo de Paulo Neto. O corpo dela foi encontrado na avenida Maranhão por populares, na zona Sul de Teresina.
O pai de Aretha, Aldir Claro, de 61 anos, diz que a jovem foi vista pela última vez ao sair de casa, vestindo uma blusa de cor preta e short jeans. Ela havia dito que iria lanchar em um restaurante no bairro Saci. Aldir Claro afirmou que a família não tinha conhecimento da violência sofrida por Aretha e que após a morte vieram à tona várias agressões, inclusive uma de que ele usava um pitbull para intimidá-la. Vizinhos relataram à imprensa que ouviam agressões.
Fonte: cidadeverde.com