Os moradores do Parque Rodoviário tentam reorganizar suas vidas um dia após a tragédia. O medo do rio subir com as próximas chuvas acelera o passo.
Algumas famílias já têm onde ficar. A casa de parentes e amigos é um dos destinos mais certos, mas há também famílias que irão para moradias cujo aluguel será pago pela prefeitura, através do programa de acolhimento solidário.
A doméstica Josilene Maria está a espera de um carro para concretizar a mudança. Ela mora no local com a filha de 3 anos e o marido, mas a casa rachou com a enxurrada. A água atingiu cerca de 1metro dentro de sua residência e danificou vários móveis e eletrodomésticos. Nesta manhã, a lama ainda estava sendo retirada. "Não dá para ficar aqui mais não", lamenta.
O montador de vidros Sean Jarder, que mora com a esposa e dois filhos pequenos na casa ao lado de Jocilene, aguarda o posicionamento da prefeitura para saber como fará daqui para frente.
"Rachou tudo aqui, do piso ao teto. A parede está pensa", mostra ele, ao lado filha de 3 anos. "Não parei ainda de trabalhar desde a hora que a lagoa invadiu. Perdi colchão, perdi tudo. Na hora, minha mulher estava dando banho nas crianças e eu peguei elas, sem roupa mesmo, e fugi pulando o muro", lembra.
Na casa da frente, Antônio Lopes, 46 anos, ainda tenta salvar algumas coisas de casa, lavando os itens com uma mangueira. No local também funcionava um bar.
"O prejuízo foi de mais de R$ 10 mil. Não sei como vou fazer. O piso está afundando e ainda não tenho pra onde ir", afirmou Antônio.
Fonte:cidadeverde.com